sexta-feira, 20 de novembro de 2015

As minhas corridas

Corrida Family Race 15 km Preparação Defini novos objetivos, correr ao sabor da disponibilidade, sem controlar ritmos ou tempos, entre 1 a 3 vezes por semana, a tentar não perder forma. Pouco a pouco fui aumentando a regularidade e a tornar os treinos mais semelhantes ao planeamento. Nas duas últimas semanas o treino foi muito controlado, o que basicamente significou ritmos muito menores, dado que 2 dos 3 treinos semanais em ritmos que variam entre 5.00 min/km e 5.45seg/km. Um dos treinos tem uma parte rápida de duração máxima de 20 minutos. Fiz dois treinos mais longos, um de 1h10. Sempre em plano, sempre lento Sensações excelentes até ao momento. Faz muitos meses que não corria nem tão rápido (no treino rápido) nem tanto tempo seguido. O recomeço tem-me parecido um novo começo. Não faço esforços desnecessários. Para animar esta aparente monotonia, vou alinhando de vez enquanto com pessoal que nasceram para correr, os “ amigos da Pícua “. Andamentos loucos, de quem corre há muitos anos, homens nas faixas etárias dos 55 / 60 anos (03:30 seg/km) Resultado Hora: 1:14:10 Dist: 15,00 Km Ritmo: 5:00 Calorias: 1374 RC méd: 160 Zona RC: 5.09 Estou feliz, recuperei em dois anos 12 minutos Venha a próxima corrida,

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Crónica do Caminho Francês

O Caminho de Santiago ( caminho Francês), Foi a nossa maior aventura até então A escolha foi levarmos a casa às costas literalmente pois iríamos levar tudo o que precisássemos numa mochila. Escolhi uma com uma capacidade de 30 litros com as costas e alças almofadadas por causa do conforto. Nesta mochila coube tudo para uma semana e pico de pedal. Claro que não houve espaço para colocar o que faltava!!,... Assim que chegamos a St Jean procuramos tomar o pequeno almoço e a ''Oficina do Peregrino'' para carimbar a credencial e no mesmo dia começamos a subir os Pirenéus. Uma longa subida quase sempre em alcatrão e com uma inclinação acentuada. Atravessar esta cordilheira é sem duvida regoziante para o comum BTTista. Dá que fazer, mas quando a deixamos para trás sentimo-nos um ciclista mais completo. Claro que acabamos o dia em Roncesvalles! Uma noite mal passada na viagem, esta ligação “ directa” à subida dos Pirenéus, deu água pela barba. Chegados ao Albergue de Roscensvalles, mortinhos pelo descanso dos guerreiros, tomamos os respectivos banhos e aperaltavam-mos para a missa do Peregrino, uma missa dada em Latim, com a emoção tomar conta de nós.. Os albergues municipais a maior parte encontravam-se cheios, e como a prioridade era sempre dada a quem caminhava. Além do mais quem caminha prefere começar o dia de madrugada e parar ao inicio da tarde. Quando chegávamos os ditos cujos já estavam ocupados, obrigavam-nos a recorrer a Albergues particulares ou Hosteis.. De seguida atravessamos o País Basco por Pampelona e Logroño. Aqui os trilhos mudam completamente e a temperatura também. As plantações de oliveiras preenchem o caminho na região de La Rioja. Entre Burgos e Leon não se passa grande coisa em termo de trilhos, mas vento houve com fartura e logo contra! Durante umas dezenas largas de Kms os estradões largos pelos meio dos campos de cultivo, intercalados com caminhos paralelos à estrada principal são o prato principal. Esta parte acaba por ser a mais ''chata''... Um grande atrativo deste caminho é também a mítica fonte do vinho! Trata-se de um local onde os peregrino podem beber vinho gratuitamente. Apelo ao civismo no local por isso pede-se que não encham bidons, garrafas, reservatórios com o vinho. Os Caminhos de Santiago são uma excelente forma de conhecer outros povos. Encontramos ao longo do caminho dezenas de peregrinos oriundos dos quatro cantos do mundo. Nos albergues convive-se com gente que está em viagem há meses que contam historias inacreditáveis e que nos cativam.. Quando atravessa a Maragateria o Bicigrino inicia a terceira e última fase do Caminho de Santiago. Estamos prestes a entrar na Galicia, após as planuras da “Tierras e León”. As montanhas e bosques estão de volta. Ao avistar a Cruz de Ferro, é impossível não se emocionar .A grande expectativa é para quem trouxe de tão longe as pedrinhas recheadas de promessas, pedidos pessoais e outras formas de credo deixam o local com uma energia pura da peregrinação, para ser depositadas neste local “sagrado”. A descida é para homens de barba "rija" perigosa e muito técnica, mas nada que não estávamos habituados. Astorga, uma cidade histórica e estratégica nos Caminhos de Santiago marca a mudança dos trilhos. Aqui começamos a entrar em caminhos mais apertados e a própria paisagem também muda. Começamos a aproximar-nos da Cantabria. Em Astorga cruzam-se dois Caminhos de Santiago: Via da Prata e Francês. Em VillaFranca onde pernoitamos e longe de imaginar o que se riria passar. Fomos brindados e surpreendidos após de pormos a caminho e logo pela manhã!! Apareceram no nosso caminho três amigos ( Domingos, Jorge Oliveira e o António Magalhães) deslocaram-se +-700 Km para nos encontrar e levarmos comidinha Portuguesa e feita pelas suas esposas.. Dos três, um acabou por fazer os caminhos que Faltavam!! Os outros dois, um subiu e outro descer “ O Cebreiro”.. Faço aqui a minha homenagem a estes três BONS amigos, não é todos os dias que temos este miminho. A subida do Monte Cebreiro é um dos pontos mais marcantes no Caminho Francês. Uma longa subida em trilho que testa as capacidades de qualquer peregrino, vá ele a pé ou de bicicleta. Apesar de ser em Setembro estava bastante calor. Do pouco tempo que paramos no topo do monte. . Uma longa descida alucinante em trilho técnico que nos congelou o corpo de emoção, deu para arrefecer os travões. Com o aproximar de Santiago de Compostela, o caminho fica cada mais ocupado com peregrinos seja a pé, a cavalo, com carroça ou de bike. É impressionante a quantidade de pessoas que percorre os trilhos em peregrinação ou não. Talvez por isso que os caminhos de Santiago são considerados património da humanidade pela UNESCO. No Monte do Gozo conseguimos avistar Santiago pela primeira vez, daí este nome. Estamos perto de concluir mais uma aventura...A chegada a Santiago é sempre mágica e mística, aqui pensamos em todo o caminho, naquilo que passamos, nos momentos que vivemos... Chegamos a Santiago 11 dias depois de termos partido de St. Jean Pied du Porto com 805 Km Nota final: Partimos 6 elementos e chegamos 7 (sete) !!!!!! Hoje voltaria a fazer o caminho Francês com mais tempo provavelmente em 15 etapas e sem stress… Sempre com mochila às costas e não com máquina de amolar facas na traseira da bike Quem fizer o Caminho em menos de 10 Etapas, ou duas uma, não usufruiu (gozou) o caminho, ou fez batota, parcialmente o fez pela estrada.. Muito obrigado Maria Rosa (Romy) minha esposa, companheira e mãe da minha filha. António Oliveira