terça-feira, 20 de novembro de 2018
Caminho S. Salvador e Caminho Primitivo (08 a 15 de setembro 2018)
Uma grande aventura, feita por seis pessoas maravilhosas onde eu me incluo e acrescento também seis
grandes guerreiros.
Ana Maria Patalão; António Oliveira; Carlos Cunha; Henrique Cardoso; Mário Dantas; Valdemar Freitas (por ordem alfabética)
Não sei bem de quem partiu a ideia, mas foi claramente dos elementos Dar ao Ped@l, presentes na aventura
(António Oliveira, Carlos Cunha, Henrique Cardoso, Mário Dantas e Valdemar Freitas), acrescentando o Augusto
Tomé, que infelizmente acabou por não poder ir, mas participou de forma muito ativa na preparação de toda a
estrutura organizativa. Eu tive o prazer de ser convidada para este evento, ao qual eu agradeço de todo o
coração.
O caminho foi feito em oito etapas, as duas primeiras correspondem ao Caminho de S. Salvador e as seis
restantes ao Caminho Primitivo.
Partimos nós e as nossas meninas (bicicletas) pelas 0 horas de dia 8 (meia noite) em direção à cidade de León
numa carrinha de aluguer.
Começava a aventura.
Claro que a partida foi cheia de emoção,
estávamos demasiado ansiosos para conseguir
dormir e foi portanto uma direta até Leon (nem
passamos pelas brasas).
Fizemos uma pequena paragem para café a
80 km do destino e la fomos.
Tínhamos reservado os dois primeiros dias
para fazer o caminho de S. Salvador e seis
restantes o Caminho Primitivo
Cada dia teria um guia diferente, exceto o
último, onde todos participavam:
1º etapa- António Oliveira; 2º etapa- Mário Dantas; 3º etapa- Augusto Tomé; 4º etapa- Henrique Cardoso; 5º etapa- Valdemar Freitas; 6º etapa- Carlos Cunha; 7º etapa- Ana Maria Patalão; 8º etapa- Todos os presentes.
Etapa 1 - 08 de setembro: de León a Pajares - 70,20 Km (1ºdia Caminho S. Salvador)
Chegamos a León por volta das 4 da manhã, era cedo sim, então com tempo organizamos as coisas, fomos até
à catedral na zona histórica e claro la veio a foto da praxe e começou a nossa aventura.
Na parte inicial (35 km) foi realmente bom, passamos por estradões, caminhos em paralelo, pequenos singles,
faziam-se bem, mas aos poucos vieram as subidas e os caminhos muito maus. Grandes subidas com imensa pedra
solta, situações completamente impossíveis de ciclar e claro teve de ser feito a pé.
Foi subir e subir por paisagens maravilhosas, por terreno muito duro, muitas pedras e muito tempo a carregar
a bicicleta. Especialmente até ao topo da Cruz de San Salvador, acima já dos 1400 metros de altitude.
Na Subida o tempo começou a mudar, surgiu uma grande trovoada,
parecia que ia vir uma grande chuvada e assustou um pouco, porque já
não bastava a dificuldade do terreno, ainda com água, só podia piorar,
mas a chuva só veio á noite quando já estávamos no albergue.
Para além das pedras, os trilhos eram muito estreitos, ao lado de
vertentes muito fundas e extremamente perigosas. Não havia nada a não
ser montes a perder de vista, à medida que chegávamos ao fim de um
monte começávamos a descobrir o outro.
Quando finalmente começamos a descer, tinha-mos pela frente uma paisagem maravilhosa de vertentes e
montanhas verdes representando um sinuoso e vertiginoso single track, muito perigoso, até Porto de Pajares.
Este single, era muitas vezes impossível de ciclar, mas la íamos, muitas vezes com a bicicleta à mão.
Só mesmo no final o terreno melhorou com a vinda do asfalto em Porto de Pajares, ao qual se seguiu uma
descida vertiginosa de cerca de seis km até Pajares, foi excelente.
Chegámos à aldeia de Pajares e fomos procurar o albergue, um local muito acolhedor e como estávamos
cansados pareceu-nos ótimo. Foi lá que jantamos em ambiente familiar
Etapa 2 - 9 de setembro: de Pajares a Oviedo - 67,35 Km (2ºdia Caminho S. Salvador)
Começamos o nosso segundo dia levantando pelas 7h espanholas e depois de um café no albergue, la fomos
nós outra vez.
Começamos por percorrer as pequenas ruelas de Pajares e seguimos por caminhos algo estreitos, subindo e
descendo, mas nada que não se fizesse relativamente bem. Depois surge mais uma vez um singel track terrível,
Até Poente de Fierros cerca de 6 km, tinham realmente paisagens maravilhosas, mas 80% impossível de ciclar,
sendo portanto um percurso muito duro.
Chegados a Poente de Fierros, encontramos uma povoação onde perguntamos como era o caminho seguindo
pelo trilho, a resposta foi simples era sempre igual até Campomanes, aí surgiu o receio de continuar dessa forma
ou optar pela estrada (pelo menos da minha parte), eu e o valente Henrique (que optou por me acompanhar)
viemos par estrada, mas os restantes optaram por fazer o trilho.
Normal será referir que o percurso por estrada foi muito simples e fácil, no entanto o feito pelos trilhos foi
terrível, continuou sem ser clicável e piorou ainda mais, havendo zonas em que foi muito difícil passar a pé
quanto mais com a bicicleta.
Enquanto os guerreiros, António Oliveira, Carlos Cunha, Mário Dantas e Valdemar Freitas, estavam a percorrer
o perigoso trilho, eu o Henrique e as nossas meninas a descansar na esplanada.
A partir de Campomanes, faltavam pouco mais de 50 km para Oviedo e para acabar o caminho de S. Salvador.
Ainda bem que o mesmo foi muito bom, praticamente foi constituído por ciclovias e estradões, sempre muito
bons de fazer até ao nosso destino: Catedral de Oviedo.
Chegados a Oviedo, sensação boa, de ter cumprido um dos nossos objetivos, já só era visitar a linda Catedral.
S. salvador estava feito, merecíamos um descanso.
Conclusões: Este caminho deve ser ainda muito recente, ou pelo menos pouco percorrido, uma vez que quase
não encontramos peregrinos. Consideramos que é para ser feito a pé sim, pois uma grande parte não é clicável e
portanto não aconselhamos faze-lo de bicicleta. Mas escusado será dizer que é maravilhoso e que tudo valeu a
pena.
Ainda a salientar que no 1º dia o Guia foi o António Oliveira e no 2º dia Mário Dantas.
Etapa 3 - 10 de setembro: de Oviedo a Salas - 50,00 Km (1º dia Caminho Primitivo)
Iniciávamos a nossa caminhada para o Caminho Primitivo.
Saímos do Albergue, fizemos mais uma breve passagem pela catedral e paramos num café para um bom
pequeno almoço, algo que começou a ser tradição, café com leite, taça grande e uma torrada com manteiga e
doce.
Este percurso foi relativamente bom, caminhos em paralelo e estradões, no entanto os primeiros 10 kms
foram relativamente planos, ao qual se seguiram descidas e inevitavelmente subidas. Tivemos de tudo neste
percurso, desde singels, estradões, pedras e mesmo asfalto.
As paisagens continuavam deslumbrantes.
Chegamos a Salas com alguns problemas mecânicos, um raio partido do Carlos, o António a queixar-se dos
travões eu parti a corrente mesmo ao chegar e o Henrique a dizer que a bicicleta tinha algum problema na roda
da frente.
Primeiro dirigimos-nos ao Albergue, ficamos no albergue municipal e aconselhamos, era acolhedor e tinha
excelentes condições. Até tivemos direito a um copo de refresco á chegada.
Neste dia o guia seria o Augusto Tomé, como infelizmente não lhe foi possível fazer-nos companhia, o seu
símbolo foi transportado pelo Valdemar e já no albergue uma foto de carinho para ele.
Menu: Sopa de chouriço Grão com chouriço Feijão com chouriço Ervilhas com chouriço Batata frita e carne assada Sobremesas diversas Café, e outras coisinhas…
Após nos instalarmos no albergue,
tentamos arranjar um local “taller” para
resolver os problemas mecânicos, mas
tornou-se impossível na povoação de
Salas. Sendo assim paciência, e a única
coisa que tinha de ser mesmo feita era
arranjar a minha corrente, e claro com o
grupo de “grandes mecânicos” presente a
coisa foi eficientemente resolvida.
Faltava o nosso Jantar, algo que neste dia foi realmente fora do normal. Dirigimo-nos a um restaurante muito
aconselhado: Casa Pachon, e tivemos direito ao menu de peregrino, algo
realmente singular.
Etapa 4 -11 de setembro: de Salas a Berducedo – 75,20 Km (2º dia Caminho Primitivo)
(Mítica Rota dos Hospitais)
Estávamos no nosso quarto dia de aventura e segundo no Caminho Primitivo.
Após mais uma noite passada, a minha corrente arranjada e um bom pequeno almoço, desta vez em casa,
porque tínhamos ido ás compras no dia anterior a contar com a manhã e o almoço do dia seguinte, começou mais
uma caminhada (bicicletada).
Os primeiros 20 km até Tineo foram bastante calmo, estradões e paralelo e asfalto.
Chegados a Tineo, fomos então ao mecânico
“taller apromo J”, para afinar então tudo e seguir
viagem. Seguimos e o percurso continuou bastante
bom, caminhos lindos e acessíveis de fazer, apesar de ter as respetivas subidas e descidas.
Durante este caminho, encontramos algo grandioso que a natureza nos costuma brindar, o enlace entre a
rocha e a árvore.
Pouco depois, pouco depois da povoação de Borres, a
720 metros de altitude, surge O
cruzamento Hospitales / Pola de Allande. Após alguma
conversa de grupo e sobre a hora a que estávamos e claro
com orientação do guia do respetivo dia: Henrique
Cardoso, tomou-se a decisão, iriamos fazer a Ruta de los
Hospitales.
Decisão tomada, e seguir em frente.
Começou uma fase deste percurso que iria a ser difícil,
mas para além disso confirmou largamente a força e
união do grupo.
Começou a subida, após a qual iriamos percorrer
cerca de 14 km de montanha, sem qualquer
povoação ou abrigo, acima dos 1100 metros de
altitude. Este percurso e o seu nome surge pelo
facto de terem existido quatro hospitais de
peregrinos, hoje em ruínas.
Este percurso é mágico, no entanto bastante
duro pelas subidas pedregosas, onde levamos a
bicicleta á mão, mas as maravilhosas
paisagens compensavam largamente.
Esse piso pedregoso e difícil, manteve-se até ao topo (cerca de 1300 metros), onde encontramos as ruinas
dos Hospitales.
No alto paramos um pouco para
lanchar e conversar com uma
peregrina francesa que encontramos.
Pouco depois prosseguimos, o
trajecto continuava difícil, com zonas
em que era impossível pedalar e
tínhamos que empurrar a bicicleta.
O Henrique, o nosso guia
continuava sempre empenhado
como todos nós.
Saliento também que ao longo de
todo percurso, foram deixadas pequenas
marcas/ sinais da presença do grupo Dar
ao Ped@l
O percurso prosseguia na forma de um singel track a perder de vista com alguma dificuldade. Ora a subir ora a
descer.
Pela 17 horas chegamos á estrada, ao
Alto de La Marta, já não era cedo e então
optamos por acabar um dia por asfalto.
Depois de decidir a direcção, uma vez que
se torna difícil face ao desconhecimento do
território, optamos por descer e ir para
Berducedo a cerca de 17 kms.
Começamos por uma descida vertiginosa que
foi claramente excelente, face ao cansaço
acumulado.
Após terminar a descida paramos numa pequena povoação, pois já não tínhamos água. Batemos a uma porta
e pedimos água perguntamos a melhor distancia a Berducedo e o melhor percurso. Um senhor muito simpático
deu-nos água e explicou-nos o percurso, os primeiros 3 km eram a descer e faziam-se bem mas depois era a subir
a pique e a estrada era má, ele referiu que de certeza íriamos chegar la de noite. Nós pensamos, nada de
desanimar porque é estrada e temos luzes.
Começamos a nossa descida e tudo bem, depois veio a subida, eram mesmo a pique (indicava 18%), mas lá
íamos, estávamos também a seguir o percurso pelo GPS. A determinada altura o GPS indica-nos um caminho de
terra batida, e era mais perto, o que fazer? Seguir pela estrada ou pelo caminho?
Já não era cedo, mas tinha-mos luzes e arriscamos pelo caminho.
Lá fomos, inicialmente sempre a
pedalar, mas lentamente o caminho foi
piorando, sempre a subir, cada vez
mais escuro, e nada de acabar o dito
caminho, aos poucos o caminho
começava a desaparecer e apenas
mato. Entre nós foi notória a união, o
apoio mesmo silencioso, a força em
animar o colega, sem palavras de
desânimo, estávamos ali juntos, algo
calados mas juntos. No meu caso,
mesmo com receio e tive bastante sim,
tentei manter-me otimista, e que o
grupo estivesse junto. A determinada altura avistamos um edifício/ casa de apoio á agricultura e um trator, foi
claramente uma luz. Estava num terreno vedado com arame farpado, encontramos a entrada e entramos.
Surgiram cães, claramente a guardar o local, mas com carinho e serenidade eles acabaram por nos fazer festas e
la prosseguimos, depois encontramos um caminho que nos levou a uma estrada e que por sua vez nos leva a uma
placa que dizia: Berducedo. Nesta altura ninguém se inibiu de mostrar a sua satisfação e alegria, soaram
gargalhadas e campainhas das bicicletas.
Eram 22h30 quando chegamos, rapidamente procuramos um albergue, tivemos que tocar pois já estavam
todos a dormir, a senhora abriu-nos a porta indicou-nos as condições e muito simpaticamente ligou para um bar/
restaurante local, para ver se ainda podíamos comer algo. E assim foi, arranjaram-nos umas ótimas sandes
enormes, o que foi muito bom. Ficamos no albergue Camin Antiguo, simples mas limpinho e aconselhamos.
Etapa 5 -12 de Setembro: de Berducedo a A Fonsagrada - 48,40 Km (3º dia Caminho Primitivo)
Era já o nosso quinto dia de aventura e o dia anterior tinha sido difícil, por isso este dia começou algo mais
tarde, acordamos às 8h e saímos pelas 9h espanholas.
No alto de Berducedo via-se uma
linda “almofada” branca a cobrir
o vale, deixando á vista o topo
das montanhas.
Com esta maravilhosa vista,
começamos então o nosso
quinto dia com uma descida
muito boa.
Depois da descida e apesar de
termos comido alguma coisa no
albergue, paramos para um bom
pequeno almoço, mais uma vez
café com leite, taça grande e uma
torrada com manteiga e doce, que
bem que soube.
Seguiu-se uma subida de cerca de 2
km, acessível á qual se seguiu a
excelente descida, com curva e mais
curva, cerca de 10 km até ao Embalse
de Grandas de Salime em caminhos
de terra e algumas pedras também.
Depois de chegar ao fundo, tinha
mos que subir claro, mas foi mais
fácil, era asfalto.
Nesta etapa já encontrávamos bastantes
peregrinos, coisa que acontecia pouco até então.
Na subida do embalse (5 km), encontramos um
companheiro espanhol, que pertencia a um grupo
de três com quem nos cruzamos ao longo do
Caminho Primitivo (desde Oviedo), parece que já
estava sozinho, os outros dois tinham optado
fazer esta etapa de autocarro. O nosso grupo
continuava intocável e foi assim até ao final.
Hoje era a vez do
Valdemar Freitas mostrar
força e mostrou
especialmente na subida do
embalse.
No topo da subida estávamos na
povoação de Grandas de Salime, onde
compramos o nosso almoço e depois
aproveitamos parque local para comer e
descansar um pouco. Era uma bonita
povoação com edifícios antigos
preservados.
Nomeadamente o edifício do Ajuntamento
de Grandas de Salime.
A partir daqui o
percurso foi calmo
entre estradões e
asfalto, la seguimos.
Ainda nesta etapa,
deixamos as Astúrias e
entramos na Galiza,
claramente o terreno
se estava a tornar
muito mais fácil.
Antes de chegar a
Fonsagrada (o nosso, destino, naquele dia), ainda apanhamos umas excelentes descidas formidáveis por grandes
estradões.
Etapa 6 - 13 de Setembro: de A Fonsagrada a Lugo - 57,53 Km (4º dia Caminho Primitivo)
No sexto dia, e estando já na Galiza, aguardava-nos um bom percurso, algumas subidas e muitas descidas, mas
tudo em terreno bastante bom.
Saímos então mais uma vez cedo, apesar do sono
e claro com paragem para um pequeno almoço
tradicional, café com leite, taça grande e uma
torrada com manteiga e doce. Excepto o Valdemar
que teimava em trocar a torrada pelos bolos.
Após ter a barriguinha aconchegada, arrancamos
pelas lindas e maravilhosas paisagens.
Durante o percurso já encontrávamos
bastantes peregrinos.
No início o percurso foi feito
essencialmente por caminhos de terra batida
através de maravilhosos bosques e florestas,
mas ao longo do dia foram-se transformando
em longos caminhos de brita e paralelo através
de diversas povoações.
Fomos aproveitando a paisagem e o belo
percurso. Paramos para almoçar também no bosque,
depois de termos feito as respectivas compras na
povoação anterior.
Nesta fase começaram a surgir setas feitas com paralelos no caminho, apesar de continuarem a existir os
marcos com as conchas a assinalar o percurso e nesta fase já começávamos a contar os km em falta.
Em Lugo, aproveitamos para visitar a Catedral e a cidade.
Ficamos num Albergue muito original onde as camas eram tipo
colmeias integradas nas paredes, Albergue/ Hostel Cross
Etapa 7 -14 de Setembro: de Lugo a Arzúa - 62,1 km (5º dia Caminho Primitivo)
No nosso Sétimo dia, mais uma vez
saímos cedo e claro não faltou o nosso
tradicional pequeno-almoço.
Como estávamos numa grande e bonita
cidade, decidimos voltar á catedral para
arrancar de la, e mostrar a linda bandeira dos
Dar ao Ped@l.
Era minha vez de ser guia, e claro
desempenhei o meu papel muito bem (), transportando o símbolo com
muito orgulho desde cedo.
Nesta fase o percurso era fácil e acessível, atravessamos povoações e
andámos por estradões e caminhos muito bonitos. Chegamos a apanhar
fruta pelo caminho (maçãs), uma vez que surgiam imensas macieiras, e
claro foi mais uma diversão.
Nesta fase do percurso encontrávamos imensos peregrinos pelo
caminho, e nós simplesmente íamos aproveitando a beleza dos locais e o
prazer de pedalar.
Ao longo do percurso, nunca foi esquecido
assinalar os locais com a passagem dos Dar ao
Ped@l, uma vez que o companheiro Valdemar tinha preparado os bonitos símbolos que iam ficando.
O convívio e a alegria do
percurso foi sempre registada por
todos com imensa satisfação, e
claro aproveitávamos sempre para registar o momento com uma foto de grupo.
A partir de Melide o Caminho Primitivo coincide com o Caminho Francês e claro a imensidade de peregrinos
era tremenda e era muito agradável sentir a
alegria que se transmitia ao longo do caminho.
Este dia foi bastante calmo e aproveitamos
para parar em Melide e comer um geladinho.
Uma vez que o nosso transporte só nos poderia ir buscar a Santiago ao outro dia (sábado), optamos por pernoitar
em Arzúa e completar a nossa aventura ao outro dia. Ficamos num excelente local, Albergue Santiago Apostole,
que aconselhamos verdadeiramente.
Etapa 8- 15 de Setembro de Arzúa a Santiago de Compostela (Chegada) - 39,92 Km (6ºdia Caminho Primitivo)
Era o nosso último dia de aventura, estávamos muito perto e era fácil, por isso a boa-disposição e felicidade foi
evidente desde bem cedo. Claro que o excelente pequeno-almoço não faltou, foi no albergue e com tudo a que
tínhamos direito, depois saímos para o resto do caminho.
Nesta fase passávamos por centenas e centenas de peregrinos, tinha-mos de ter cuidado, pois eram imensas
pessoas com que nos cruzávamos.
O percurso foi durante por estradões e estrada que continuavam a mostrar-nos paisagens verdes
maravilhosas.
A Chegada ao Monumento, Monte do Gozo foi emocionante uma vez que era a clara indicação que estávamos
no final. Pouco depois de termos parado para tirar fotos e aproveitar o momento, chega também um
companheiro espanhol de um outro grupo, com quem nos tínhamos cruzado ao longo do percurso, que tinha
acabado sozinho, foi muito bonito sim.
Ficou mais uma vez um registo da passagem dos Dar ao Ped@l, no monumento e claro mais umas fotos
excelentes.
Prosseguimos e entramos em Santiago antes do meio dia, a emoção foi completa, a nossa aventura estava
Aqui estamos nós os seis heróis, pode parecer falta de humildade, mas na verdade era isto que eu sentia.
Sentia que tinha acabado um percurso maravilhoso e difícil, com uns companheiros inigualáveis.
Um total de 481,20 km e um acumulado positivo de 10.335 metros.
Crónica
Ana Maria Patalão
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